terça-feira, 28 de setembro de 2010

Europa - 27º dia – Holanda (Amsterdam)

Acordei às 05:30. Apesar de nem ter dormido direito. Não vejo a hora de ter um banheiro só pra mim, para ficar à vontade.

Acordei várias vezes durante à noite com vontade de ir ao banheiro. Que inferno!

Conseguimos chegar na estação de trem na Antwérpia ainda bem cedo e comprei ticket para o trem das 7. Quase chorei ao me despedir da Katia. Ela me tratou tão bem e me ajudou tanto. Receber toda aquela atenção dela foi algo incrível.

Cheguei no hostel por volta de 10 horas e o check-in só poderia ser feito à partir das 14 horas. Deixei minhas coisas no locker e fui no walking tour das 10:40.

Aproveitei o tempo livre para acessar a internet antes do tour e o saldo do meu cartão era animador. Ainda dava para umas besteirinhas.

Achei estranho, mas ninguém interagiu muito durante o walking tour. Talvez por ter muita pivetada, ou por eu estar com cara de “quero ficar sozinha”. Vai saber.

Só sei que o grupo estava cheio de norte americanos e eles eram uns babacas. Chatinhos, fúteis, só queriam aparecer. Umas meninas faziam questão de falar a toda hora sobre as experiências delas com cookies e brownies e fumo e cogumelo. O próprio guia só falava disso e ainda disse que tinha certeza que pelo menos 80% estava ali pela maconha.

O último assunto do dia foi a casa de Anne Frank e ninguém (com exceção de mim e outra moça) sabia do que se tratava. Deu vontade de falar bem alto “Só estou aqui por causa disso”.

E segui para lá. Tirei umas fotos mas a fila era gigante.

Andei bastante pela cidade, voltei para o hostel, deitei e o sono me pegou...mas o frio também, e tive que pular da cama direto para o chuveiro pelando de quente para tentar conter as câimbras.

Aproveitei o descanso, liguei o aquecedor e fiz meus planos para o dia seguinte.

Saí para jantar e acabei parando num restaurante argentino onde comi feito uma morta de fome. Escolhi costela de porco com batata assada. Eram enormes as costelas.

Enquanto estava ali sentada, sozinha, me senti diferente de todo mundo. Fiquei pensando na quantidade de gente que viaja ou que vive sozinha e não tem coragem para sentar num restaurante sozinha e comer. Acho que senti orgulho de mim mesma, de ter chegado até ali, pois de certa forma, estar sozinha e encarar isto é como desafiar o que a sociedade nos impõe.

Quando olhava para os lados sentia as pessoas me observando. Eu era a única pessoa sozinha e, além de tudo mulher. Será que sentiam pena? Curiosidade? Sei lá.

Voltei para o hostel, acessei a internet, comprei meu ingresso para o Museu Anne Frank, comprei no hostel o cartão para o tram e o ingresso para o Museu Van Gogh, aluguei uma toalha e me retirei para o meu quarto.

Fui dormir com a cabeça leve e um sentimento muito bom de missão cumprida.

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