Vimos a Torre Eifel (desta vez de dia), Sacre Coeur e Monte Martre.
Hoje, enquanto andava fiquei pensando nessa viagem e achei estranho nada ter me tocado fundo. Fiquei pensando “Será que sequei? Será que meu coração endureceu?” Na minha cabeça, as decepções que venho passando e essa ausência de um “alguém” poderiam ter me tornado alguem meio insensível.
Pois justo hoje, no meio do nosso passeio a Sacre Coeur, um cantor estava se apresentando na escadaria da Igreja me chamou a atenção, assim como a de muitas pessoas. E, então, aquilo me trouxe uma satisfação imensa e até gravei um pouco. Ele começou a cantar Immagine dos Beatles e eu vi aquele monte de pessoas de todos os lugares do mundo, sentadas naquele mesmo momento, num mesmo lugar, ouvindo e vendo a mesma pessoa cantar e todas unidas num mesmo idioma cantando juntas. E, de repente, me deu uma vontade de chorar. E chorei.
Foi aí que eu descobri que eu não sequei, nem endureci. Apenas sou eu mesma, única como todo ser humano, com os meus gostos e experiências. E descobri que por mais que goste de viajar, ver lugares históricos, o que mais me toca é o ser humano. Ver como as pessoas se vestem, se comportam, sentar e observar o vai e vem. É isso que mais me agrada. Todo o ambiente.
O dia foi ótimo e à noite senti a necessidade de parar para sentir e pensar sobre tudo. A viagem aconteceu num ritmo muito rápido e ainda vai continuar por alguns dias e eu precisava desta pausa para absorver tudo o que tinha visto e sentido.
E foi uma ótima escolha. Tô no quarto, bebendo um vinho e pensando um pouco. A Vaneska foi visitar uma amiga que mora em Paris.
Talvez mais tarde eu saia para andar na vizinhança, mas agora só quero uma pausa.
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